sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Ailton Krenak participa de sessão que reverencia memória de Chico Mendes

03/12/2008 - 11h41


Com a presença dos ministros da Justiça, Tarso Genro, e do Meio Ambiente,Carlos Minc, foi aberta há pouco pelo 1º vice-presidente do Senado, Tião Viana,a sessão solene do Congresso Nacional destinada a marcar os 20 anos do assassinato do seringueiro e ambientalista Chico Mendes, ocorrido em 22 de dezembro de 1988. A homenagem, proposta pelos senadores Tião Viana (PT-AC), Marina Silva (PT-AC) e Cristovam Buarque (PDT-DF), foi apoiada por diversos parlamentares.

Logo no início da sessão, houve uma apresentação de crianças da escola pública da Super Quadra Norte 306, de Brasília. Elas retrataram alguns momentos da história do país desde o século XVI, entre os quais o assassinato de índios e a escravidão."Sonhamos com um Brasil com mais heróis e poucos mártires", disse a professora Raquel, ao final da apresentação.

Além dos senadores e deputados, participam da sessão a esposa de Ilzamar Mendes e seus filhos. Estão presentes, também, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), o fundador da Aliança pelos Povos da Floresta, Ailton Krenak, oex-governador do Acre Jorge Viana, outras autoridades e representantes do Comitê Chico Mendes e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, entre outras entidades.

Fonte:http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=81322&codAplicativo=2

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

VÍDEOS

Vídeos do evento Diálogos Interculturais, proposto pelo Instituto Doctum de Educação e Tecnologia concebido e articulado pelos curadores Maria Inês de Almeida e Ailton Alves Lacerda Krenak. Foram realizados debates em Ipatinga (MG) e Rio Branco (AC).

http://br.truveo.com/Di%C3%A1logos-Interculturais-parte-08/id/1304998494#

http://br.truveo.com/Di%C3%A1logos-Interculturais-parte-12/id/215396471

5º Encontro dos Escritores e Atistas Indígenas 2008
O terceiro e último dia do 10º Seminário FNLIJ de Literatura Infantil e Juvenil foi inteiramente dedicado à cultura indígena. As atividades tiveram início com uma rápida cerimônia de abertura, conduzida por um pajé. A secretária Geral da FNLIJ Elizabeth Serra falou sobre o compromisso da instituição em promover a literatura infantil indígena. Em seguida, Daniel Munduruku agradeceu ao Instituto C&A, ao EMBRAPA e à FNLIJ a oportunidade de, mais uma vez, poder divulgar o trabalho dos escritores indígenas.



Com o tema "Em um mundo habitado por espíritos”, a primeira mesa de debates foi aberta por Aílton Krenak e teve participação de Álvaro Tucano, Ely Macuxi, Armando Jabuti, Eliane Potiguara e Maurício Krenak. Cada um falou um pouco sobre a história de seus povos, de como a cultura indígena em geral respeita o culto aos espíritos dos antepassados e da natureza e de como as tradições antigas são valorizadas. Os participantes da mesa fizeram um alerta sobre as condições atuais do planeta Terra e das relações humanas, apontando os costumes da população indígena como uma forma de solução para melhorar a situação contemporânea.



Composta só por mulheres, a segunda mesa de debates, “Em um mundo formado por palavras e Deusas”, foi coordenada por Eliane Potiguara. Participaram Rose Waikhon, Graça Graúna, Marina Terena e Aurilene Tabajara. O principal tema discutido foi a importância das deusas entre os índios. As participantes explicaram para o público que todos os ensinamentos, como o respeito pela natureza, ao próximo, pelos animais e por outros povos, vêm das deusas antepassadas e que a mulher exerce um papel determinante nessas sociedades. A elas é atribuído o poder de dar a vida, o que os índios consideram o dom maior que pode existir.



À tarde, Cleomar Umutina, Xorã Carajá, Elias Maraguá, Wasiry Guará, Marcio Bororo e o mediador Cristino Wapichana formaram a terceira mesa de debates “Em um mundo repleto de sons e imagens”, que tratou do papel das imagens e dos sons nas sociedade indígena. O público pôde conhecer melhor a arte desses povos. Os participantes comentaram sobre a situação da literatura indígena no mercado editorial brasileiro e sobre a dificuldade em competir com os outros gêneros literários em voga na sociedade brasileira.



Para encerrar o 10º Seminário FNLIJ de Literatura Infantil e Juvenil, a quarta mesa de debates “A palavra virou letra” teve participações de Daniel Munduruku, Cássio Potiguara, Olívia Jekupé e Getúlio Wapichana. O tema das palestras foi o início da relação dos índios com a literatura. Os participantes contaram como, aos poucos, construíram essa relação com o livro e a disseminou entre os membros das tribos.



Atualemente, grande parte das crianças indígenas é alfabetizada. A intenção da FNLIJ e de cada representante das tribos presentes no seminário, que foi também o 5º Encontro de Autores Indígenas, é que em poucos anos o número de índios com acesso à educação se aproxime a cem por cento.

DISPONÍVEL EM: http://complexodomarico.blogspot.com/2008_06_01_archive.html
ACESSO EM: 24/11/2008

sábado, 4 de outubro de 2008

Ailton recebe prêmio

Quinta-feira, 2 de Outubro de 2008
HOMENAGEM NO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO...
A Ordem do Mérito Cultural de 2008 terá como tema central de celebração um dos maiores expoentes da literatura nacional, Machado de Assis, assinalando o centenário da morte do escritor. A solenidade de condecoração será realizada no dia 7 de outubro, às 17h30, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.


Durante o evento, o presidente da República, Lula da Silva, e o ministro da Cultura, Juca Ferreira, prestarão a homenagem do Governo Federal a 37 personalidades, sendo oito in memoriam, e a 11 grupos artísticos, iniciativas e instituições, que se destacaram por suas contribuições à Cultura brasileira.


Confira os homenageados desta 14ª edição da OMC, que também comemora o cinqüentenário da Bossa Nova e os 40 anos do movimento da Resistência Cultural, além de destacar grandes vultos do Teatro brasileiro e outros fatos importantes da história do país:


Altemar Dutra, in memoriam, Athos Bulcão, in memoriam, Dulcina de Moraes, in memoriamGuimarães Rosa, in memoriam, Hans-Joachim Koellreutter, in memoriam, Otávio Afonso, in memoriam, Paulo Emílio, in memoriam, Pixinguinha, in memoriam, Ailton Krenak, Anselmo Duarte, Benedito Ruy Barbosa, Bule Bule, Carlos Lyra, Claudia Andajur, Edu Lobo, Efigênia Ramos Rolim, Elza Soares, Emanoel Araújo, Eva Todor, Goiandira do Couto, João Candido , Portinari, Johnny Alf, Leonardo Villar, Maria Bonomi, Marlene, Mercedes Sosa, Milton Hatoum, Nelson Triunfo, Orlando Miranda, Paulo Moura, Roberto Corrêa, Ruy Guerra, Sérgio Ricardo,Tatiana Belinky, Teresa Aguiar, Vicente Juarimbu Salles, Zabé da Loca, Associação Apíwtxa do Rio Amônia, Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Associação Comunidade Yuba, Centro Cultural Piollin, Coletivo Nacional de Cultura do MST, Coral e Orquestra Baccarelli, Grupo Giramundo Teatro de Bonecos, Mestres da Guitarrada, Música no Museu e Quasar Cia de Dança.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Que o espírito da água me possua

Vídeo que trata de cerimônia sagrada indígena , com Danielle Mitterrand, Ailton Krenak e Benkipiyanko, do Acre, Amazonia. A cerimônia foi realizada na Serra do Cipó, Minas Gerais, que integra a Reserva Mundial da Biosfera da Serra do Espinhaço. O acordo de cooperação técnica entre o Governo Federal, o Estado de Minas Gerais e a Fundação France Libertés foi assinado na ocasião. Maio de 2008, MG, Brasil.


http://www.youtube.com/watch?v=gtGqQXL_E
A0

segunda-feira, 31 de março de 2008

Intercâmbio cultural entre povos indígenas



Fonte: site Rede Povos da Floresta

Qui, 24/01/2008 - 21:55.

Com o objetivo de fortalecer o intercâmbio cultural entre povos indígenas, a equipe composta por Ailton Krenak, Benki Ashaninka, João Fortes e Dominique Aguiar, visitaram aldeias Surui em Rondônia e Mato Grosso.
Na Aldeia Lapetanha, que fica na terra indígena Sete de Setembro, o encontro aconteceu com o grande líder e pajé Almir Narayamoga Suruí, que vem trabalhando nas ações de preservação da floresta amazônica e sua biodiverdade.
As rodas de conversa incluíram informações sobre plantio de sementes, cuidados com os viveiros para que sejam cíclicos, qualidade do solo na região e a preocupação com a questão da neutralização de carbono.
O tão esperado encontro de Ailton Krenak com o Cacique Itabira na aldeia Apoena Meireles foi um momento de grande emoção para todos. Itabira ofereceu o arco e flecha para Ailton e trocou cocar com Benki. Gestos plenos de significado espiritual e que celebram a proposta de troca de experiências e união entre os povos.
Benki Ashaninka expôs a luta que tem liderado pelo seu povo e os resultados positivos que tem obtido, mobilizando a comunidade como um todo.
A Rede Povos da Floresta irá implantar internet em três aldeias da região o que facilitará ainda mais a troca de informações entre as comunidades. Os três pontos serão implantados nas aldeias de Lapetanha e Riozinho na Terra indígena Sete de Setembro, localizadas no município de Cacoal, Rondônia e também na aldeia Apoena Meireles, em Rondolândia, Mato Grosso.

O Ministro da Cultura Gilberto Gil recebe integrantes da Rede Povos da Floresta


Site Rede Povos da Floresta, em Ter, 25/03/2008 - 18:59.

Por Gal Rocha
Ailton Krenak, Benki e Isaac Ashaninka, João Augusto Fortes e José Paixão, Presidente do Conselho das Associações de Moradores das Comunidades Afro-descendentes do Estado do Amapá, tiveram uma reunião com Gilberto Gil, Ministro da Cultura e com Roberto Nascimento, Secretário de Incentivo e Fomento à Cultura do Ministério da Cultura.
A reunião aconteceu no dia 05 de março e os participantes tiveram a oportunidade de conversar sobre a Rede Povos da Floresta e os pontos que preenchem ações de políticas culturais do governo federal. Entre elas estão a identidade e a diversidade cultural de comunidades que têm em comum a questão da territorialidade - como os povos indígenas, ribeirinhos, quilombolas e seringueiros - e também a questão do patrimônio imaterial.

O ministro ficou sensibilizado com o que ouviu durante a reunião, que durou aproximadamente 40 minutos, e também interessado em estabelecer um convênio que fortaleça a Rede com cantões culturais em centros como o Yorenka Ãtame, Centro de Cultura Suruí e a Sede do Conselho das Comunidades afro-descendentes do Estado do Amapá, com cursos e oficinas e, em alguns locais, salas de projeção.

Segundo Ailton Krenak, a gravidade da questão ambiental acabou engolindo outras prioridades da Rede e tirando de foco o maior interesse da aliança: a cultura. “Todos esses povos têm um acervo cultural muito forte”, afirmou Krenak.

Do encontro caloroso, ficou também a vontade do ministro Gilberto Gil visitar futuramente a região do Alto Juruá, para conhecer de perto o Centro Yorenka Ãtame, projeto criado e desenvolvido pelos Ashaninka do Brasil.

Fonte: http://www.redepovosdafloresta.org.br/drupal/?q=node/284

Série "Índios no Brasil"






"Índios no Brasil": construindo imagens e desconstruindo estereótipos

Valéria Macedo

Programa que está sendo exibido na TV cultura, aos domingos, 18:00hs.
OBS: a emissora não fornece data prevista para duração da apresentação dos documentários.


Em momento de ressaca da "festa" dos 500 anos, chega em boa hora a série de vídeos Índios no Brasil. Identidade, línguas, costumes, tradições, a colonização e o contato com o branco, a briga pela terra, a integração com a natureza e os direitos conquistados são os temas enfocados na série produzida pela ONG Vídeo nas Aldeias para a TV Escola.

Índios no Brasil é dividida em dez programas, de aproximadamente 20 minutos, nos quais a questão indígena é abordada visando enriquecer o currículo escolar, romper estereótipos e inverter papéis, já que não apenas os índios são objeto de investigação, mas a própria sociedade não indígena ocupa o lugar do "outro".

A iniciativa representa um salto qualitativo nas produções do gênero, por seu alto teor informativo e principalmente pelo argumento que perpassa a dezena de episódios. A intenção foi flagrar o descompasso entre a imagem de um índio genérico cristalizada no imaginário dos brasileiros e a realidade de vários grupos indígenas, que estão cada vez mais articulados politicamente e mobilizados para garantir o exercício de sua identidade cultural. Para isso, têm sido necessário dominar os códigos da sociedade não índigena, não para ser iguais, mas justamente como recurso para a manutenção de sua diferença.

Dessa maneira, os vídeos mostram que, se o índio não é coisa do passado, a possibilidade de isolamento cultural certamente é. E nem por isso é preciso sucumbir aos modelos hegemônicos ditados pela sociedade industrial. O que se observa é um desenvolvimento desses povos, tanto numericamente – eram 150 mil em décadas passadas e hoje são cerca de 350 mil – quanto no resgate de suas terras, línguas e rituais. A série não deixa dúvidas: são sujeitos atuantes e, mais do que nunca, atuais.

Apresentada pelo líder indígena Ailton Krenak, Índios no Brasil faz um painel dos costumes, valores e perspectivas de índios de nove povos dispersos no território nacional, escolhidos entre mais de 200 etnias: os Ashaninka e Kaxinawá do Acre, os Baniwa do Rio Negro no Amazonas, os Krahô de Tocantins, os Maxacali de Minas Gerais, os Pankararu de Pernambuco, os Yanomami de Roraima, os Kaiowá do Mato Grosso do Sul e os Kaingang do sul do país. Os entrevistados são professores ou líderes de organizações indígenas e, por isso, bastante convincentes e articulados. Em suas falas transparece a recusa em encaixar-se nesses modelos construídos ao longo de 500 anos de invasões, exploração e, não raro, etnocídio.



Ficha Técnica:

Realização: TV Escola-2000
Produção: Vídeo Nas Aldeias
Direção: Vincent Carelli
Fotografia: Altair Paixão e Vincent Carelli
Roteiros: Henri Gervaiseau, Tutu Nunes e Vincent Carelli
Apresentação e entrevistas: Ailton Krenak
Edição: Tutu Nunes
Música de abertura: Antônio Nóbrega e Wilson Freire

Protagonistas

Além do narrador Ailton Krenak e dos depoimentos de brasileiros espalhados pelo território nacional, lideranças indígenas são os porta-vozes das nove etnias retratadas na série:

Azilene Inácio, socióloga Kaingang que trabalha em Brasília mediando conflitos, apresenta a trajetória histórica dos povos do sul e de seus professores, que reescrevem o dicionário da língua Kaingang;
O professor Joaquim Maná, do povo Kaxinawá, um dos pensadores da nova escola indígena, mostra como o ensino diferenciado está sendo desenvolvido na sua escola da floresta acreana;
Francisco Pinhanco, do povo Ashaninca, conduz uma experiência de desenvolvimento sustentável na floresta acreana com a extração de óleo de coco e outras essências;
Dona Quitéria Maria de Jesus, índia Pankararú do sertão pernambucano, há anos milita em Brasília pelos direitos dos índios nordestinos ao reconhecimento e assistência do governo;
Davi Kopenawa, líder indígena conhecido internacionalmente, e, como muitos yanomami, um xamã, defensor espiritual de seu povo;
José Bonifácio, do povo Baniwa, presidente da FOIRN, uma federação de mais de 200 organizações indígenas de 23 etnias no Alto Rio Negro, a única região do país onde o índio é maioria;
Daniel Kaiowá, enfermeiro que lidera a luta incansável dos Kaiowá pela reconquista de suas terras;
Derlindo Honkop, jovem professor que apresenta aos visitantes o ritual de iniciação dos meninos Krahô.
Saiba mais sobre cada um dos episódios:



1) Quem são eles? (18’)

O primeiro programa da série traz a tona, por meio de entrevistas com pessoas de diversas partes do país, idéias e valores arraigados no senso comum sobre a realidade indígena, os quais estão na base do processo de discriminação sofrido por essas comunidades. Os nove personagens escolhidos para representarem seus povos rebatem esses equívocos. A conclusão é que a população indígena brasileira não está fadada ao desaparecimento como muitos pensam.

2) Nossas Línguas (20’)

O episódio apresenta a língua como fator de resistência cultural. Relata a repressão histórica às línguas indígenas praticada ao longo destes 500 anos pelas missões religiosas, funcionários de governo ou pela população não índia.

Contudo, ainda são faladas mais de 180 línguas indígenas no Brasil. A Constituição de 1988 finalmente lhes reconheceu o direito à diferença e ao ensino de suas línguas, como vemos na Escola da Floresta do professor Joaquim Kaxinawá (AC).

3) Boa Viagem Ibantu! (18’)

Para vivenciarem a diversidade cultural, quatro jovens, com diferentes perfis sociais e de diferentes regiões do Brasil, são convidados a viajarem até a aldeia dos Krahô (TO). Os jovens chegam cheios de expectativas e idéias preconcebidas. A experiência oferece a oportunidade não só de estranhar a cultura do outro, mas também de criar identidades. Os jovens participam das cerimônias e dos trabalhos realizados na aldeia; têm o corpo pintado com urucum e genipapo; são batizados e recebem nomes indígenas. A despedida é pura emoção.

4) Quando Deus Visita a Aldeia (18’)

Os mesmos jovens visitam a aldeia dos Kaiowás (S), esperando encontrar algo similar à aldeia dos Krahô. Mais uma vez suas expectativas caem por terra. Já nas primeiras impressões, os jovens sentem as diferenças: as casas dispersas, já não existem mais matas ao redor e as pessoas estão maltrapilhas. Para além das aparências, eles descobrem a intensa vida religiosa dos Kaiowá e a opressão de que são vítimas por parte dos colonos que tomaram as suas terras. No final, eles observam que cada povo indígena é único, tão diferente entre si como o povo japonês do alemão.

5) Uma outra história (17’)

O Brasil foi descoberto ou invadido? O filme de Humberto Mauro de 1940 dá a sua versão do "Descobrimento do Brasil". Mas os índios são unânimes em afirmar que o Brasil foi invadido porque eles já estavam aqui. Os índios contam suas versões da história do Brasil. A cartilha de história das escolas indígenas do Acre, por exemplo, divide a história do Brasil em quatro períodos: o tempo das malocas, antes da chegada de Cabral; o tempo das correrias, quando os índios foram caçados para a ocupação dos seus territórios; o tempo do cativeiro, quando eles foram usados como mão-de-obra escrava no corte de seringa; o tempo dos direitos, quando finalmente conquistaram o direito à terra e à sua cultura.

6) Primeiros Contatos (19’)

O processo de conquista iniciado por Cabral prossegue neste século, com a ocupação do Planalto Central na década de 50 e da Amazônia na década de 70. Retratados em imagens históricas, a "pacificação" dos índios Xavante (no filme Entre os Índios do Brasil Central, de Genil Vasconcelos), e dos índios Cinta Larga em Rondônia e Parakana no sul do Pará (no filme Guerra de Pacificação na Amazônia, de Yves Billon), assistimos à catástrofe do contato que dizima as suas populações. Finalmente assistimos ao caso de pequenos grupos atropelados pelo desenvolvimento no sul de Rondônia, até um único sobrevivente de um povo que se recusa ao contato no ano 2000.

7) Nossas Terras (20’)

Nos últimos 20 anos, a maior parte das notícias sobre os índios foi sobre a questão de terras, o maior problema existente na relação entre índios e "brancos". Muita gente diz que "índio tem muita terra". Os grandes territórios indígenas encontram-se na região amazônica, e correm o risco em algumas décadas de tornarem-se as únicas reservas florestais deste país. Em compensação, nas áreas mais colonizadas, os índios perderam quase tudo e travam uma luta incessante para a reconquista de um espaço mínimo necessário ao crescimento de suas populações.

8) Filhos da Terra (18’)

Como os índios relacionam-se com os seus territórios ancestrais? O uso sustentável dos recursos da natureza é um conceito milenar dessas populações. Agora, ingressando na economia de mercado, muitos povos desenvolvem experiências de desenvolvimento sustentável com a exploração não predatória dos recursos da floresta, inspirada na filosofia dos seus antepassados.

9) Do outro lado do Céu (18’)

A religiosidade e o sentido místico da cultura indígena, tendo como referência as tribos Yanomami (RR), Pankararu (PE) e Maxacali (MG). No caso da tribo Maxacali, o índio José Ferreira discorre sobre o conceito de religiosidade para a sua etnia. Acreditam em seres espirituais bons, que vivem acima do céu, e ruins, que vagam pela terra. Os xamãs da aldeia Yanomami, verdadeiros "médicos espirituais", tratam da relação do mundo dos homens e com as forças da natureza. Também são mostradas as festas realizadas pela tribo Pankararu, onde os índios invocam os espíritos encantados que os protegem.

10) Nossos Direitos (17’)

Depoimentos sobre os direitos já conquistados e legitimados pela Constituição atualmente vigente: o direito à terra, à saúde, ao ensino de suas línguas e à livre organização de suas comunidades. Lideranças indígenas reiteram a necessidade de respeitar-se os direitos conquistados pelos povos indígenas. Há depoimentos do líder da federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), Pedro Garcia, e lideranças das tribos indígenas Kaiowá, Kaxinawá, Yanomami, Ashaninka e Kaingang.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008


Cacique brasileño busca su idioma olvidado
[25-08-2007] Por Andrea Fajkusová

Cada dos semanas desaparece del mundo un idioma. Algunos lingüistas pronostican que dentro de unos cien años se dejará de hablar el 80 por ciento de las 6 900 lenguas que existen actualmente. El tema de los idiomas en vías de extinción llamó la atención del cineasta checo Michael Havas.
El Sueño BrasileñoEl protagonista de su documental "El Sueño Brasileño" es el cacique indígena Ailton Krenak quien lucha por salvar el habla de sus antepasados. En el año 1915 el antropólogo ruso Heinrich Maniser, de 25 años, pasó nueve meses con la tribu brasileña Burum, los ancestros de Ailton. Durante esa estadía registró la gramática, el vocabulario, cuentos y leyendas de los indígenas. En septiembre de 2003 Ailton se dirigió a San Petersburgo, en Rusia, para buscar en el museo local el valioso manuscrito del científico que podría ayudar a salvar un idioma casi olvidado. Encontró el documento ansiado y se llevó varias copias del mismo a Brasil para presentarlo a su tribu. ¿Qué pasa con el material ahora? Cedamos la palabra a Ailton Krenak.
"Es un material que todavía no ha sido incorporado, adoptado como herramienta que pueda ser utilizada de verdad. Debería ser observado como un potencial recurso, pero hay que tener en cuenta la desconfianza de los portadores de la tradición oral de que la escritura tiene la misma capacidad de mantener el sentido del habla. Como son personas que no conocen la escritura desconfían de aquel instrumento y yo creo que nosotros vamos a necesitar más recursos, además de aquellos documentos de Rusia, para superar la desconfianza que existe allí con respecto al registro escrito. También por el hecho de que fue realizado por un extranjero hace 100 años. Entonces, parece una cosa medio subjetiva especialmente para alguien que está acostumbrado a manejar cosas concretas, de lo cotidiano".
Ailton Krenak (Foto: autora)Ailton Krenak explica que hoy día hablan el idioma de los Burum tan sólo ocho personas, siendo todas mayores de 60 años. Es una situación preocupante, subraya el cacique indígena. Debido a la alta edad de los hablantes su número puede disminuir cada día. Hace tres años hablaban esa lengua doce personas.
"Otra cosa importante que cabe decir es la estructura de la lengua Burum. En esta lengua difiere el habla de los hombres y el habla de las mujeres. Los hombres están desapareciendo. En ese grupo de ocho personas hay sólo dos hombres ancianos. Si estos hombres murieran, nos quedaría sólo el habla de las mujeres. Además, estoy convencido de que existe también un habla de los niños. Los niños no hablan de la misma manera que los adultos".
El registro escrito que dejó el antropólogo ruso corresponde al habla de un hombre adulto. Se llamaba Jerónimo. Fue él quien contó a Maniser mitos, historias, frases, el vocabulario de los Burum.
"Era un hombre adulto que usaba un adorno labial, el que altera el sonido. Yo hago estas observaciones porque los lingüistas aún no han prestado atención a que la persona que habló usaba un objeto que endurecía el sonido del habla. El idioma de los Burum tiene un habla ceremonial, que es el habla de las autoridades, y un habla cotidiana para pedir agua, comida, para conversar con los niños, que es el habla de las mujeres. Hoy lo que estamos experimentando en casa es el habla de nuestras abuelas, madres, tías. Yo mismo estoy aprendiendo expresiones con las mujeres. No tengo problema con ello pero ¿en qué medida nosotros vamos a rescatar un habla que era distinta para hombres, mujeres y niños, si los sobrevivientes no representan todas esas diferencias?".
Ailton Krenak (Foto: www.lfs.cz)En la actualidad, Ailton Krenak ha asumido la tarea de Maniser y con una grabadora registra el habla de sus parientes.
"He realizado casi un trabajo de espionaje. Porque siempre que observan que llevo una grabadora se sienten intimidados, cambian de asunto. Cuando están sentados alrededor de la hoguera con los nietos, cuando escuchan el clic de la grabadora, ellos cambian de tema ... Yo mismo cuando estamos conversando y Ud. pone la grabadora soy más consciente de que doy un testimonio, que tengo que tener cuidado cuando estoy hablando. Parece que en este caso la gente que sufrió traumas muy profundos, la confianza de dar un testimonio, de contar una historia, está perjudicada. Aun cuando están en un ambiente de confianza, continúan con el recuerdo de que estaba prohibido hablar el idioma".
Marco AltbergEl cineasta brasileño Marco Altberg tiene previsto lanzar un canal televisivo independiente dedicado a los indígenas. Ailton Krenak opina que esta idea tiene posibilidades de realizarse con éxito. Recordó una reciente serie de 13 programas que hizo junto a Altberg. Esos programas, cada uno de 20 minutos de duración, abordaron 12 diferentes etnias con lenguas diferentes. Se hicieron en la lengua indígena local con subtítulos en portugués. El ciclo se transmitió a través del canal Futura, que es un canal educativo.
"La gente reaccionó de manera positiva al hecho de poder conocer los mitos sobre la creación del mundo. Cada una de esas doce etnias abre la historia con un anciano, un hombre o una mujer, contando una historia singular, especial, reportando un evento mágico, por ejemplo, sobre la creación del mundo, cómo surgió el agua en el planeta Tierra, cómo fue inventado el fuego, cómo los héroes culturales enseñaron a practicar los rituales y las tradiciones, por qué pintan el rostro, por qué perforan la nariz y el labio, cuál es el evento que dio origen a esas prácticas. Después hay bloques de información de actualidad referentes a cómo vive el pueblo hoy, qué hace, qué dificultades políticas, económicas sufre. La aceptación de los telespectadores y el interés de los medios por divulgar estos temas indican que hay un amplio público interesado en ese trabajo, puesto que ese canal tiene chance de lanzarse, parece que existe un público que quiere esos programas".
¿Los indígenas brasileños que ya han sido influidos por la cultura occidental tienen interés en volver a sus raíces o quieren vivir como los brasileños "civilizados"?
"La mayoría quiere volver porque no se fueron voluntariamente, fueron expulsados. Fueron expulsados por grandes proyectos del gobierno: construcción de centrales hidroeléctricas, colonización forzada y todo. Era una época en que no pudieron elegir. Ahora esos muchachos que nacieron, por ejemplo, en São Paulo, en centros como Manaus, Belém, están experimentando pobreza, carencia. Si ellos regresan a casa van a vivir a orillas de un río lleno de comida, de peces, tendrán relaciones seguras con la gente que los quiere, sus parientes, amigos, serán recibidos con cariño. Pienso que eso será determinante considerar aquilatar si regresar a casa. Aunque demore más de una generación. Porque existe una dinámica territorial muy agresiva. Si Ud. tiene un lugar donde instalarse junto con su tribu, con su familia, claro que preferirá volver a casa".
Hasta aquí el cacique indio Ailton Krenak. En 1990 este defensor de los derechos de los indígenas brasileños recibió el Premio Onassis por el entendimiento internacional y logros en la esfera social. Con este premio fueron galardonados, entre otros, el ex presidente checo Václav Havel y la actriz estadounidense Elizabeth Taylor. Esta conversación con Ailton Krenak se realizó durante su reciente visita a la Escuela de Cine de Verano de Uherské Hradiste.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

O líder histórico
Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançava o Programa de Proteção das Terras Indígenas, na inóspita São Gabriel da Cachoeira, interior do Amazonas, na capital federal, o coordenador da Rede Povos da Floresta, Ailton Krenak, questionava a relação com o Estado: “Se pedirmos para o Estado entrar, depois vamos ter de agüentar ele dentro da nossa casa”, advertiu. E completou: “Será que o Estado é realmente o melhor gestor para as nossas comunidades? Melhor que nós mesmos?”.


Krenak: relação com
o Estado

Um dos líderes indígenas mais respeitados no país, Krenak ficou conhecido nacionalmente durante a Assembléia Constituinte de 1988. Ele foi um dos principais articuladores das propostas de ampliação dos direitos indígenas. No encontro, o líder criticou também o fato de o projeto do Estatuto das Sociedades Indígenas estar parado no Congresso, desde os anos 90. “Isso prejudica a nossa participação na elaboração e execução das políticas públicas”, disse. (TR)

Fonte:www.sinpro-rs.org.br/.../out07/especial.asp

28 mayo 2007
Sobre la relación con la Naturaleza? ...Hoy lo dice por mi Aylton Krenak y tantos otros...
Este post iba a quedar completamente en manos de Ailton Krenak, Presidente de la Unión de Naciones Indígenas de Brasil. Lo leí por primera vez hace cosa de 15 años, y cada vez que lo hago me sobrecoge. A raíz de los cada vez más evidentes efectos que la raza humana ha generado sobre nuestra bella Tierra, pensé que el más indicado para hablar por mi de este tema era él. Tenia algunos textos, y buscando algo más me reencontré con la consistente sabiduría de los pueblos indigenas de este continente. Y entonces, no puedo más que ampliar el sitio, e invitarlos a todos ellos a través de estractos, a poner su sabiduría en este espacio. No más luchas, es la guerra constante la que nos está dejando el calentamiento global. En momentos como este sólo nos queda escuchar a los que más saben y dejar resonar esa sabiduría en lo profundo, y recordar lo que nosotros también sabemos: amar profunda e incondicionalmente a esta, nuestra Tierra...y actuar en concordancia con este sentir...



"La mirada de algunos niños de nuestras aldeas tiene más antiguedad que cualquier monumento. A veces, un payé toma a un recién nacido en sus brazos, y canta y baila la alegría de haber visto esos ojos. Después le da al niño el nombre de un ancestro que pasó por aqui hace cuatro mil años y regresó en la mirada de esa criatura para enseñarnos cantos, ritos, y antiguas ceremonias. El ojo de ese chico es como el agua del río que pasa todas las mañanas por allí. No es la misma pero trae siempre la misma memoria. Nuestro monumento más antiguo no es ningun edificio ni pirámide: es nuestra memoria". Ailton Krenak -



"Si lo que un pueblo o una persona hacen es auténtico, ese gesto se instala en el mundo. De la misma manera que el Sol, que sale por la mañana desparramando toda su luz sobre la tierra. Es uno de los seres más bellos que nos visitan y ninguno lo anuncia. Con los hombres sucede lo contrario: cualquier mediocre lanza por delante una caravana de heraldos con trompetas para que proclamen "aqui viene el gigante". Cuanto más fuerte es el sonido de las trompetas, tanto menos vale el personaje." Ailton Krenak
Algunos de los textos fueron estractados de: http://www.identidadaborigen.com.ar/index.htm y de http://www.geocities.com/Athens/Oracle/4486/indios_esp.html
Un texto bello de Ailton Krenak ("El Pacto Sagrado") lo encuentran en: http://www.casa.cult.cu/publicaciones/revistaconjunto/137/ailtonkrenak.htm

Publicado por Ximena en 5/28/2007