terça-feira, 3 de setembro de 2019

Para quem valoriza a arte e a cultura, e felizmente a turma ainda é grande, uma boa notícia: o 26º Porto Alegre em Cena estará nos palcos da cidade de 10 a 23 de setembro

Para quem valoriza a arte e a cultura, e felizmente a turma ainda é grande, uma boa notícia: o 26º Porto Alegre em Cena estará nos palcos da cidade de 10 a 23 de setembro. Ao lado de espetáculos nacionais e de vários outros países, a edição deste ano terá 53 atividades que incluem mesas, palestras e residências artísticas. Uma das propostas mais interessantes, a discussão da nossa identidade a partir dos povos originários do Brasil, trará a Porto Alegre Ailton Krenak e Davi Kopenawa, duas das mais importantes lideranças indígenas de hoje, que permanecerão na cidade durante o festival. Segundo Fernando Zugno, diretor-geral do Em Cena, a ideia é provocar uma reflexão sobre a humanidade, suas potências e fragilidades, o que vai incluir também questões como a natureza e os processos migratórios.

O Em Cena une, ao longo da sua programação, elencos de fora com artistas locais, variando das temáticas mais densas às montagens populares, todas bem avaliadas pela crítica e pelo público. A seguir, alguns destaques. Lembrando que quem for aos espetáculos vai encontrar, na grande maioria deles, com a Alice Urbim, madrinha do festival e uma das grandes incentivadoras do teatro e da cultura em Porto Alegre. Homenagem mais do que merecida a ela.


Dakh Daughters (Ucrânia) - Dia 10/9, às 21h, no Theatro São Pedro

Composta por sete mulheres que tocam mais de 15 instrumentos em cena e cantam em diferentes línguas e dialetos, a banda ucraniana Dakh Daughters faz uma junção de estilos e musicalidades, misturando canções folclóricas da Ucrânia, rap francês e ritmos orientais, em uma potência criativa-experimental de tirar o fôlego.

Las Flores del Mal o La Celebración de la Violencia (Uruguai) - Dia 12/9, às 20h, no CHC Santa Casa

Interpretado pelo próprio autor, Sergio Blanco, o solo em forma de conferência trata de forma poética a questão da violência em suas mais diversas faces.

Happi - A Tristeza do Rei (França) - Dias 18 e 19/9, às 20h, na PUCRS

Espetáculo de dança contemporânea criado por dois artistas de origem africana radicados na França, o camaronês James e o algeriano Heddy Maalen.

Protocolo Elefante (SC) - Dias 11 e 12/9, no Teatro Renascença

O espetáculo do Grupo Cena 11 propõe uma metáfora sobre separação e exílio a partir do afastamento e isolamento do elefante na iminência de sua própria morte.

PI Panorâmica Insana (RJ) - Dias 14 e 15/9, às 20h, no Teatro do Sesi

Em um impactante cenário composto por 11 mil peças de roupas com as quais os atores se vestem durante a ação, o espetáculo de Bia Lessa - que trouxe ao festival, no ano passado, sua monumental adaptação do romance de Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas - apresenta Cláudia Abreu, Leandra Leal, Luiz Henrique Nogueira e Rodrigo Pandolfo interpretando mais de 150 personagens.

Gota D'água {Preta} (SP) - Dias 21 e 22/9, às 21h, no Theatro São Pedro

Montagem do premiado ator, diretor e dramaturgo Jé Oliveira - fundador do Coletivo Negro e indicado ao Prêmio Shell 2019 na categoria Inovação, pela releitura desta obra. O musical escrito originalmente por Chico Buarque e Paulo Pontes, em 1975, inspirado na Medeia de Eurípedes, é encenado pela primeira vez com elenco predominantemente negro, misturando clássicos de Chico com estilos da periferia, como funk e hip hop.

E.L.A. (CE) - Dias 20 e 21/9, no Centro Histórico-Cultural Santa Casa

Solo da atriz Jéssica Teixeira com temática diretamente relacionada ao corpo, trazendo questões como beleza, saúde, política, feminilidade e acessibilidade. A peça mistura vídeo, artes plásticas e dramaturgia por meio de colagens e textos autobiográficos que refletem acerca da aceitação e do nosso lugar no mundo.

O Silêncio do Mundo - Dia 19/9, às 21h, no Theatro São Pedro

Em tempos de natureza ameaçada, o Em Cena examina a temática indígena brasileira a partir de alguns questionamentos: o que nos é invisível? Com o que estamos nos conectando? Até quando poderemos dançar para segurar o céu? O trabalho reúne o líder indígena e ambientalista AILTON KRENAK, a artista performer Andréia Duarte, o embaixador indígena Davi Kopenawa e o xamã Levi Yanomami.

FONTE: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/colunistas/claudia-tajes/noticia/2019/08/viva-o-teatro-cjzx5mdqr07hx01qmqjg7t0x2.html

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