Visitantes poderão conhecer as exposições “O Rio dos Navegantes”, “Rosana Paulino: a costura da memória” e “Mulheres na Coleção MAR”, além da instalação “FLUXO”, primeira sala imersiva do museu
Até o dia 25 de junho, cariocas e turistas poderão conhecer gratuitamente as exposições em cartaz no Museu de Arte do Rio – MAR, sob a gestão do Instituto Odeon. A ação acontece para marcar a inauguração da principal mostra do MAR em 2019, “O Rio dos Navegantes”, e também a abertura da primeira sala imersiva da instituição, o projeto “FLUXO”. Além de visitar as mostras recém-inauguradas, o público terá a oportunidade de conhecer as exposições “Rosana Paulino: a costura da memória” e “Mulheres na Coleção MAR”. Às terças-feiras o MAR funciona com horário estendido até as 19h. De quarta a domingo, o museu abre das 10h às 17h. Já às segundas, o museu fecha para o público.
Exposições em cartaz:
O Rio dos Navegantes (em cartaz até março de 2020):
A mostra traz uma abordagem transversal da história do Rio de Janeiro como cidade portuária, do ponto de vista dos diversos povos, navegantes e imigrantes que desde o século XVI passaram, aportaram e por aqui viveram. “O Rio dos Navegantes” ocupa integralmente o terceiro andar do pavilhão de exposições e a Sala de Encontro, localizada no térreo, até março de 2020. O diretor cultural do MAR, Evandro Salles, é o idealizador e coordenador de curadoria e Francisco Carlos Teixeira, o consultor histórico. Também assinam a curadoria e a pesquisa Fernanda Terra, Marcelo Campos e Pollyana Quintella.
“O Rio dos Navegantes” reúne cerca de 550 peças históricas e contemporâneas, entre pinturas, fotografias, vídeos, instalações, objetos, documentos, esculturas, etc. Estão presentes trabalhos de artistas como AILTON KRENAK, Antonio Dias, Arjan Martins, Augusto Malta, Belmiro de Almeida, Custódio Coimbra, Guignard, Iran do Espírito Santo, João Cândido (João Cândido Felisberto), Kurt Klagsbrunn, Lasar Segall, Mayana Redin, Mestre Valentim, Osmar Dillon, Rosana Paulino, Sidney Amaral, Virginia de Medeiros, além de jovens artistas como Aline Motta e Floriano Romano.
FLUXO (até novembro de 2019):
O primeiro espaço imersivo do MAR tem o objetivo de propor ao visitante uma experiência sensorial. A instalação de estreia, FLUXO, foi desenvolvida por uma equipe multidisciplinar liderada pela diretora criativa Liana Brazil, da SuperUber. A sala localizada no primeiro andar do pavilhão de exposições é uma aposta da direção do museu, por meio de sua diretora executiva, Eleonora Santa Rosa, e faz parte de um novo núcleo de trabalho da instituição.
FLUXO é uma experiência imersiva que explora o movimento contínuo, fluido, espontâneo. Ao entrar na sala escura, o visitante perceberá que suas pegadas criam rastros que o conectam a um núcleo onde imagens e sons inspirados na exuberante natureza do Rio de Janeiro surgem de todos os lados. Constelações, águas, tempestades e traçados ancestrais são projetados em telas que envolvem o público e o transportam para um espaço-tempo outro, fora da história, livre de começos-meios-fins.
Rosana Paulino: a costura da memória (em cartaz até agosto de 2019):
Após temporada de sucesso na Pinacoteca, em São Paulo, a maior individual da artista já realizada no Brasil chegou à cidade com 140 obras produzidas ao longo dos seus 25 anos de carreira. Assinada por Valéria Piccoli e Pedro Nery, curadores do museu paulistano, a mostra reúne esculturas, instalações, gravuras, desenhos e outros suportes, que evidenciam a busca da artista no enfrentamento com questões sociais, destacando o lugar da mulher negra na sociedade brasileira.
Mulheres na Coleção MAR (em cartaz até agosto de 2019):
A exposição faz um recorte de obras de mais de 150 artistas históricas e contemporâneas, brasileiras e estrangeiras, que integram o acervo do museu. Estão presentes: Tarsila do Amaral, Tomie Ohtake, Beatriz Milhazes, Güler Ates, Marie Nivouliès de Pierrefort, Abigail de Andrade, Louise Bourgeois, Neide Sá, Jenny Holzer, Leila Danziger, Vânia Mignone e Célia Euvaldo.
Pela primeira vez na história do MAR, a curadoria foi realizada a partir de um processo colaborativo que envolveu cerca de 30 mulheres de todos os setores do museu, entre seguranças, recepcionistas, produtoras, auxiliares administrativas e de serviços gerais, advogadas, jornalistas, designers, museólogas e gestoras. Em uma série de encontros realizados ao longo de dois meses, sob a orientação da equipe de Curadoria e Pesquisa, as funcionárias trocaram experiências de vida e de trabalho, conversaram sobre o universo feminino e a respeito das múltiplas representações da mulher na arte, nos espaços culturais, na família e na sociedade.
Serviço
Entrada: Visitação gratuita de 25 de maio a 25 de junho.
Horário de funcionamento: às terças-feiras o MAR funciona com horário estendido até as 19h. Quarta a domingo, das 10h às 17h. Às segundas o museu fecha para o público. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (55) 21 3031-2741 ou acesse o site www.museudeartedorio.org.br.
Endereço: Praça Mauá, 5 – Centro.
quinta-feira, 6 de junho de 2019
quarta-feira, 5 de junho de 2019
‘Os Índios na Constituição’: livro comenta os 30 anos da Constituição Cidadã
31/05/2019 Davi Costa
É preciso explicar um pouco antes de falar sobre Os Índios na Constituição. Em 1500, os índios tiveram suas terras invadidas e usurpada em troca de espelhos e outros utensílios. Muitos morreram de gripe, outros no embate contra a invasão; homens mortos ou escravizados, mulheres violentadas, crianças órfãs.
Mesmo com toda essa barbárie, a Constituição seguiu omissa em relação aos direitos fundamentais da população indígena até 1988. Ano este em que a Constituição Cidadã finalmente reconheceu a legitimidade social das organizações indígenas e suas tradições culturais. Sobretudo, o direito às terras que ocupam desde sempre.
Ano passado, Camila Loureiro Dias, doutora em História, e Artionka Capiberibe, doutora em Antropologia, realizaram o Fórum “30 Anos da Constituição e o capítulo ‘Dos Índios’ na Atual Conjuntura”, dentro da Universidade de Campinas. Hoje, elas lançam Os Índios na Constituição, publicado pela Ateliê Editorial.
Em entrevista para o blog da editora, Camila explica que a ideia central de Os Índios na Constituição é promover o encontro entre duas gerações. “Os que atuaram na definição dos direitos indígenas durante a Constituinte e os que atuam na linha de frente, hoje, na defesa desses direitos. Assim seria possível aprender, pela história e pela memória, sobre o modo como os atuais direitos foram construídos, e isso nos seria um subsídio à nossa reflexão e atuação hoje”, esclarece.
O livro compila depoimentos de pesquisadores e intelectuais excepcionais na comungação dos direitos indígenas na Constituição Cidadã, além de outros defensores desta pauta. Entre as principais participações, o professor Dalmo Dallari se destaca. O jurista dirigiu à Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, foi secretário dos Negócios Jurídicos da prefeitura de São Paulo sob mando da prefeita Luiza Erundina e trabalhou junto de outros profissionais na Constituição Cidadã.
Além de Dallari, a doutora em História lembra de outros nomes. “Ailton Krenak, nascido no Vale do Rio Doce, um intelectual iluminado, ilustre representante do movimento indígena, que fez uma memorável performance no Plenário em 1987 e hoje continua na luta depois de tantos reveses. Manuela Carneiro da Cunha, antropóloga e articuladora da mobilização política e intelectual que foi responsável pela redação dos dois artigos e que também continua ativa e combativa, pautando a maneira de encaminhar o debate”, conta.
“Por fim, José Carlos Sabóia, deputado constituinte, que nos revela a maneira como eram negociados os direitos no Congresso sem os freios do politicamente correto. As duas jovens lideranças indígenas que também vieram conversar conosco são igualmente figuras de destaque no cenário”, finaliza.
Os Índios na Constituição está à venda na loja digital da Ateliê Editorial por trinta reais.
FONTE: https://epilogo.art.br/os-indios-na-constituicao-atelie-editorial/
É preciso explicar um pouco antes de falar sobre Os Índios na Constituição. Em 1500, os índios tiveram suas terras invadidas e usurpada em troca de espelhos e outros utensílios. Muitos morreram de gripe, outros no embate contra a invasão; homens mortos ou escravizados, mulheres violentadas, crianças órfãs.
Mesmo com toda essa barbárie, a Constituição seguiu omissa em relação aos direitos fundamentais da população indígena até 1988. Ano este em que a Constituição Cidadã finalmente reconheceu a legitimidade social das organizações indígenas e suas tradições culturais. Sobretudo, o direito às terras que ocupam desde sempre.
Ano passado, Camila Loureiro Dias, doutora em História, e Artionka Capiberibe, doutora em Antropologia, realizaram o Fórum “30 Anos da Constituição e o capítulo ‘Dos Índios’ na Atual Conjuntura”, dentro da Universidade de Campinas. Hoje, elas lançam Os Índios na Constituição, publicado pela Ateliê Editorial.
Em entrevista para o blog da editora, Camila explica que a ideia central de Os Índios na Constituição é promover o encontro entre duas gerações. “Os que atuaram na definição dos direitos indígenas durante a Constituinte e os que atuam na linha de frente, hoje, na defesa desses direitos. Assim seria possível aprender, pela história e pela memória, sobre o modo como os atuais direitos foram construídos, e isso nos seria um subsídio à nossa reflexão e atuação hoje”, esclarece.
O livro compila depoimentos de pesquisadores e intelectuais excepcionais na comungação dos direitos indígenas na Constituição Cidadã, além de outros defensores desta pauta. Entre as principais participações, o professor Dalmo Dallari se destaca. O jurista dirigiu à Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, foi secretário dos Negócios Jurídicos da prefeitura de São Paulo sob mando da prefeita Luiza Erundina e trabalhou junto de outros profissionais na Constituição Cidadã.
Além de Dallari, a doutora em História lembra de outros nomes. “Ailton Krenak, nascido no Vale do Rio Doce, um intelectual iluminado, ilustre representante do movimento indígena, que fez uma memorável performance no Plenário em 1987 e hoje continua na luta depois de tantos reveses. Manuela Carneiro da Cunha, antropóloga e articuladora da mobilização política e intelectual que foi responsável pela redação dos dois artigos e que também continua ativa e combativa, pautando a maneira de encaminhar o debate”, conta.
“Por fim, José Carlos Sabóia, deputado constituinte, que nos revela a maneira como eram negociados os direitos no Congresso sem os freios do politicamente correto. As duas jovens lideranças indígenas que também vieram conversar conosco são igualmente figuras de destaque no cenário”, finaliza.
Os Índios na Constituição está à venda na loja digital da Ateliê Editorial por trinta reais.
FONTE: https://epilogo.art.br/os-indios-na-constituicao-atelie-editorial/
Assinar:
Postagens (Atom)