quarta-feira, 18 de abril de 2007

[histórico] Edição 2003 do Prêmio Direitos Humanos homenageia FOIRN e Ailton Krenak


O Dia Internacional dos Direitos Humanos (10/12) reuniu no Palácio do Planalto quase todos os ministros de Estado para a entrega do Prêmio Direitos Humanos 2003. As homenagens foram feitas a personalidades e instituições que se destacaram na defesa dos Direitos Humanos. A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro e o líder indígena Ailton Krenak ganharam na categoria Comunidades Indígenas.


Criado em 1995 por determinação do Presidente da República, o prêmio Direitos Humanos é uma honraria do Governo Federal concedida a pessoas e instituições cujas ações pelos direitos humanos sejam dignas de reconhecimento e valorização por toda a sociedade brasileira. Em 2003, foram instituídas 12 categorias de premiação, nas quais foram apresentadas centenas de indicações vindas de todo o país.
Comunidades Indígenas

A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro – Foirn – foi vencedora na categoria Comunidades Indígenas por conta do trabalho que vem desenvolvendo com as comunidades indígenas da região tais como a piscicultura com espécies de peixes nativos, avicultura em sistema semi-aberto, agricultura tradicional, produção e comercialização de artesanato. Além disso, a Foirn foi apresentada como a entidade que apóia mais de 200 professores indígenas da região na realização de assembléias e cursos com o objetivo de promover a educação diferenciada dos povos indígenas. Outro destaque lembrado na cerimônia, sobre o trabalho da Foirn, foi o projeto Cidadania Indígena do Rio Negro, com atuação itinerante, que realiza campanhas para fornecer documentação civil básica e leva orientação sobre direitos às comunidades indígenas.
Ailton Krenak, homenageado como personalidade na categoria Comunidades Indígenas reconhecida dentro e fora do Brasil, também estava emocionado. Ele participou intensamente de todo o processo de elaboração do texto constitucional de 1988, e fundou o Núcleo de Cultura Indígena. Também criou e dirigiu o Centro de Pesquisa Indígena e o Núcleo de Direitos Indígenas -NDI. Ailton foi apresentado como uma grande liderança indígena. "A sabedoria de Ailton Krenak está contida na sua atuação política da União das Nações Indígenas - UNI-, cuja intervenção é hoje decisiva não apenas para os povos indígenas mas para o conjunto da sociedade civil brasileira."

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